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COREIA DO NORTE PROÍBE QUE CIDADÃOS DO PAÍS SE CHAMEM KIM JONG-UN

Regime ditatorial exigiu que todos os cidadãos que se chamam 'Kim Jong-un' mudem de nome

3 de dezembro de 2014

EFE

O regime totalitário exigiu que todos os cidadãos que se chamam 'Kim Jong-un' mudem de nome 'voluntariamente'. © Foto: Reuters

A Coreia do Norte proibiu, há três anos, que qualquer pessoa se chame Kim Jong-un, um nome relativamente comum no país, para destacar a personalidade única do ‘líder supremo’, revelou nesta quarta-feira a agência de notícias sul-coreana ‘Yonhap’.

O regime totalitário, caracterizado pelo extremo culto à personalidade dos líderes da dinastia Kim, exigiu que todos os cidadãos que se chamam ‘Kim Jong-un’ mudem de nome ‘voluntariamente’, segundo um decreto oficial emitido há três anos e divulgado hoje pela ‘Yonhap’.

Tal determinação data de 2011, antes da morte de Kim Jong-il, quando já estava determinado que o jovem Jong-un (nascido em 1983) seria o sucessor de seu pai, o ‘querido líder’, no comando da Coreia do Norte.

O governo também proibiu que os pais registrassem seus filhos recém-nascidos com o nome Jong-un, inclusive se o sobrenome não é Kim, segundo a agência sul-coreana.

Há décadas, os norte-coreanos também não podem se chamar ‘Kim Jong-il’ e ‘Kim Il-Sung’, este último fundador do país e avô do atual líder.

O sobrenome Kim é o mais comum entre os coreanos, com mais de 20%, tanto em cidadãos do Norte como do Sul.

Além disso, o nome Jong-un é relativamente frequente, tanto para homens como para mulheres, nas duas Coreias e foi especialmente popular entre os nascidos em meados da década de 1980.

Com isso, estima-se que vários norte-coreanos tiveram que mudar de nome depois que o decreto entrou em vigor há três anos.

Curiosamente, na Coreia do Sul, o nome ‘Jong-un’ é mais frequente em mulheres do que em homens.

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