ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA COM PERFIL EMPRESARIAL

Foto: Luidgi Carvalho.

O empresário Romeu Zema, eleito governador de Minas Gerais e que vai governar Minas nos próximos quatro anos, promete revolucionar o serviço público. A começar pela forma de escolha de seu secretariado.

Zema contratou uma empresa especializada em recrutamento de pessoal que fará o processo de seleção dos secretários. Se aprovados nesta etapa, passarão ainda pelo crivo da comissão do seu partido, o NOVO.

Durante a campanha, o governador eleito disse também que não ocupará as dependências destinadas às acomodações destinadas aos governadores. Alugará um apartamento nas imediações do Centro  Administrativo do Estado, localizado no bairro Serra Verde, para economizar no deslocamento e que não fará uso de aviões nem  helicópteros.

Em Santa Luzia, o ex-prefeito e empresário Carlos Calixto, falecido em janeiro de 2016, quando esteve à frente da administração da cidade, também adotou a mesma estratégia: serviço público com modelo empresarial que consistia em fazer mais gastando menos. Ele dirigia seu próprio carro, dispensava o uso da gasolina paga pela prefeitura e não usava motorista.

Histórico

Romeu Zema começou sua trajetória profissional bem cedo, aos 11 anos, seguindo os passos de seu pai. Foi cobrador, frentista, balconista, estoquista, caixa, comprador, vendedor, analista de marketing, analista comercial e gerente. Ele se formou em Administração de Empresas, pela Fundação Getúlio Vargas e, em 1991, assumiu o controle das Lojas Zema, da família.

Durante sua gestão conseguiu aumentar a rede lojas de apenas quatro unidades aqui em Minas para 430 em Minas, São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Bahia e Espírito Santo. Hoje são oferecidos 5 mil empregos diretos e 1,5 mil indiretos. É apaixonado por gestão e desenvolvimento de pessoas. Por isso, se realizou à frente do Grupo e o colocou no ranking das “Melhores Empresas para se Trabalhar”, de acordo com pesquisas do Instituto Great Place to Work, há 15 anos.

Desde 2014 sonhava em fazer a primeira sucessão planejada, até porque se sentia muito sobrecarregado. Há cerca de um ano, passou a presidência para seu sucessor César Donizeti Chaves, que começou na empresa com frentista, mas continua integrando o conselho. E, como todos os mineiros, indignado com esta política que estava aí, decidiu se unir ao NOVO e enfrentar o desafio de governar Minas Gerais.