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BRUMADINHO: UM MÊS DEPOIS DA TRAGÉDIA MAIS DE 130 AINDA ESTÃO DESAPARECIDOS
População ainda busca corpos de seus entes e espera que os responsáveis pela tragédia sejam responsabilizados e punidos
25 de fevereiro de 2019Por volta das 12h24 do dia 25 de janeiro, a cidade de Brumadinho foi cenário de um dos mais trágicos acidentes ambientais da história de Minas e do Brasil. Acontecia naquele exato momento o rompimento da Barragem 1 da Vale, arrastando tudo pela frente: árvores, carros, caminhões, trens, trilhos, pessoas, casas e sonhos, muitos sonhos.
Muitas histórias reveladas dão conta de alguns que se salvaram por verdadeiro milagre, outros que tiveram suas vidas ceifadas por verdadeiras coincidências da vida, como o almoço mais cedo (funcionários estavam reunidos no refeitório da empresa na hora do ocorrido), ou o empregado que não deveria estar na empresa ou ainda aquela médica do trabalho que um dia antes comemorava tão radiante, seu aniversário.
Para Paula Medeiros, moradora de Piedade do Paraopeba, distrito de Brumadinho que fica a cerca de 35 quilômetros de Belo Horizonte, será difícil esquecer a tragédia:” apesar de não morar na área afetada, o sentimento de perda também é muito grande, pois a dor do outro passa a ser nossa também. Tenho amigos em Córrego do Feijão que estão vivendo um verdadeiros caos. Os dias vão se passando e tudo vai se tornando mais difícil mas não podemos perder a esperança.”
A empresa Vale, por sua vez, entre outras coisas, tem se comprometido a garantir emprego ou salário para os empregados de Brumadinho, inclusive os terceirizados, até 31/12/2019. Também prometeu pagar as despesas com funeral e verbas rescisórias das vítimas fatais, conforme certidão emitida pelo INSS, além de dar atendimento psicológico, pagamentos de auxílio-creche e de auxílio-educação, se comprometendo também o pagamento de danos morais para cônjuges ou companheiras, filhos, pais e irmãos das vítimas( até o momento, 179 corpos foram encontrados na região afetada e 250 bombeiros continuam trabalhando lá).
Ainda para Paula Medeiros, que conversou com o Tribuna Luziense por WhatsApp, ” diante da ganância e do capital desenfreado, é difícil apontar de quem é a culpa. Acho que não se aprendeu nada com o episódio de Mariana. Espero que os culpados sejam realmente responsabilizados e punidos desta vez”, finalizou.
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