CARROS ZERO-QUILÔMETRO TERÃO NOVAS PLACAS DO MERCOSUL EM 2016
A proposta vinha sendo estudada desde 2010 e estava prevista para entrar em vigor já neste ano, mas foi adiada
5 de dezembro de 2014
Leonardo Felix
Colaboração para o UOL, em São Paulo (SP)
04/12/201414h38 > Atualizada 04/12/201418h48
Arte mostra novo modelo de placa brasileira seguindo unificação para o Mercosul
O Contran (Conselho Nacional de Trânsito) tornou oficial, nesta quinta-feira (4), a alteração no sistema de placas de veículos brasileiros a partir de 1º de janeiro de 2016. Todos os carros emplacados a partir dessa data adotarão a nova identificação, padronizada em relação aos demais países do Mercosul (Argentina, Uruguai, Paraguai e Venezuela). Além deles, os que solicitarem troca de município ou transferência de categoria também usarão o novo modelo.
A proposta vinha sendo estudada desde 2010 e estava prevista para entrar em vigor já neste ano, mas foi adiada para acerto de detalhes.
Similar ao que existe na União Europeia, o novo sistema terá elementos extras de segurança para dificultar a clonagem, que segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito está com índices “elevados” na região. Além disso, permitirá integrar bancos de dados dos cinco países nos próximos anos.
Placas para automóveis, caminhões, ônibus e reboques (à esquerda) e motos: emblema do Mercosul, nome e bandeira do país, bandeira do Estado e brasão da cidade, faixa holográfica, código 2D e marcas de segurança diferenciam novos modelos
“A medida permitirá um controle mais rigoroso do transporte de cargas, transporte de passageiros e também de carros particulares entre esses países”, garantiu Rone Barbosa, coordenador do Denatran.
Olympiobr/Domínio público
O Brasil já teve três sistemas de identificação de veículos antes do atual, todos usando placas fixadas à carroceria. O primeiro, de 1901, tinha até cinco dígitos e o prefixo A (aluguel) ou P (particular). Foi substituído, 40 anos depois, por uma sequência de dígitos, que podia ser dividida em duplas e conter de três a sete caracteres, dependendo da frota do Estado. Em 1969 foi adotada a combinação de duas letras e quatro números, cujas regras eram um convite à confusão: os Estados podiam atribuir prefixos às cidades, mas os que tinham mais de 676 delas (limite das combinações alfabéticas) tinham problemas; uma troca de cidade obrigava a uma troca de placa; e, por fim, veículos de Estados diferentes podiam ter a mesma combinação. Já o sistema atual vale para todo o território nacional.
PADRÃO
As novas placas terão o seguinte padrão: uma tarja azul na parte superior conterá o logotipo do Mercosul (à esquerda) e a identificação do país, com o nome ao centro e a bandeira no canto direito. A identificação do carro será feita com sete caracteres alfanuméricos dispostos de modo aleatório.
Segundo o Denatran, esta solução permitirá 450 milhões de combinações, contra as 175 milhões existentes no sistema brasileiro atual. Conforme UOL Carros apontou recentemente, o atual sistema com três letras e quatro números duraria no máximo até 2030.
A categoria de cada veículo na nova placa será indicada pela cor dos caracteres: preta (particulares); vermelha (comerciais ou de aprendizagem); azul (oficiais); verde (de teste); dourado (diplomáticos); e prateado (de coleção).
No caso específico do Brasil, serão acrescentados: uma tira holográfica à esquerda (similar àquelas usadas nas notas de R$ 50 e R$ 100, para evitar falsificação), ao lado de um código bidimensional e com a identificação do fabricante, data de fabricação e número de serial da placa; e uma bandeira e brasão dos respectivos Estado e município de registro, à direita.
De acordo com a resolução, a fabricação das placas também seguirá novo padrão. Atualmente, qualquer empresa pode produzir as chamadas chapas semiacabadas, cabendo aos Detrans regionais escolher o fornecedor de preferência para, só então, pintá-las, estampá-las e gravar os códigos alfanuméricos. A partir de 2016, apenas empresas credenciadas pelo Denatran serão autorizadas a produzir essas chapas.
Segundo o Denatran, veículos que já estiverem circulando nos cinco países não precisarão trocar imediatamente suas placas de identificação.
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