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CORRUPÇÃO NA PETROBRAS É CASO ANTIGO. EM 1996 O JORNALISTA PAULO FRANCIS JÁ CONSTATAVA INDÍCIOS DA ROUBALHEIRA

Paulo Francis, morto em 1997 era réu em processo movido pelos diretores da empresa que exigiam 100 milhões de dólares de indenização

24 de novembro de 2014

 

 

A Petrobras matou Paulo Francis. É o que alguns amigos do jornalista acreditam desde que um infarto o matou, aos 66 anos, em 4 de fevereiro de 1997, em seu apartamento no East Side, em Nova York.

Na época, o comentarista da Globo estaria abalado emocionalmente por ser réu em um processo movido por diretores da Petrobras. A indenização exigida era de 100 milhões de dólares.

No ano anterior, durante uma edição do Manhattan Connection, então produzido para o canal GNT, Francis afirmara que o alto comando da empresa praticava corrupção e que vários de seus dirigentes mantinham dinheiro de propina em contas na Suíça.

Amigos fizeram o possível para livrar o jornalista da guerra judicial. Chegaram a apelar ao então presidente Fernando Henrique Cardoso, que tentou, em vão, convencer os diretores da Petrobras a desistir da ação.

Dezessete anos depois da morte de Paulo Francis, dois de seus amigos mais próximos fizeram uma espécie de desagravo no mesmo Manhattan Connection, agora exibido no canal GloboNews.

Lucas Mendes, que dividia bancada com ele na TV e foi um dos primeiros a chegar a seu apartamento e encontrá-lo morto, lembrou que os crimes agora comprovados pelas investigações da Operação Lava Jato coincidem com as acusações lançadas por Francis.

Diogo Mainardi, pupilo de Francis e considerado seu sucessor como polemista, foi mais enfático: sugeriu que a pressão psicológica do processo pode ter contribuído para o infarto do jornalista. “Ele ficou muito perturbado”, lembrou.

Mainardi já havia se manifestado sobre o assunto, lamentando que Paulo Francis não esteja vivo para assistir ao desmonte do esquema de corrupção na Petrobras.

 

 

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