ESMERALDAS: TESTEMUNHAS DEPÕEM SOBRE USO POLÍTICO DO PROCON POR SERVIDORA

Clima de instabilidade política toma conta de Esmeraldas na região metropolitana de BH. Foto:TL

Em Esmeraldas, cidade da região metropolitana de Belo Horizonte o clima ontem foi de apreensão. É que 11 testemunhas envolvidas no caso do uso político das dependências do Procon, que funciona no prédio da Câmara Municipal durante o período eleitoral, foram ouvidas pela Justiça.

Segundo denúncias dos partidos e coligações que se sentiram prejudicados e do próprio Ministério Público de Esmeraldas, a então servidora do Procon Núbia Cristina da Rocha, que exercia na data da denúncia o cargo de agente administrativo, fez do seu local de trabalho comitê político da campanha do então candidato Marcelo Nonato Figueiredo e de vários candidatos a vereador da coligação, para os quais prestava serviços advocatícios.

Diante das quatro ações que tramitam na 108ª Zona Eleitoral da cidade, o prefeito eleito, que em pouco tempo de mandato já acumula também pedido de CPI na Câmara dos Vereadores, tratou de desmentir, em vídeo gravado essa semana em seu gabinete, que as investigações em curso resultem na sua cassação. Ele preferiu chamar as ações de “perseguição política”.

Fato é que das quatro ações, duas são Ações de Investigação Judicial Eleitoral (AIJE) e outras duas Ações de Impugnação de Mandato Eletivo (AIME), que correm em segredo de Justiça, podem sim, como o próprio nome sugere, impugnar o mandato do prefeito Marcelo Nonato e do vice-prefeito Rodrigo Eduardo Sampaio Araújo, ambos do Solidariedade.

Enquanto as ações prosseguem, na cidade não se fala de outra coisa. Afinal, Esmeraldas terá ou não, novas eleições em breve?

A reportagem não conseguiu falar com o prefeito, nem com sua chefe de gabinete Núbia Cristina Rocha, tampouco com nenhum representante dos dois.