FUTEBOL E ARTE: UM ALEMÃO SE ENCANTA POR SANTA LUZIA

Ainda não podemos afirmar que a Copa do Mundo no Brasil só deixou tristezas como o vexame que nós, brasileiros, não esqueceremos tão cedo. Mas deixando isso de lado e torcendo para que tenhamos mais sorte na Rússia, vamos ao que essa Copa pode ter deixado para o Brasil em termos de legado.

O artista alemão Markus Haub veio pela primeira vez ao Brasil com a mesma ideia que a maioria dos estrangeiros têm do nosso país: as ruas são cheias de cobras e vacas, a violência é presente em cada esquina, as mulheres fartas de atributos e oferecidas. Ele encontrou uma Belo Horizonte com alguns problemas estruturais sim, mas nada que fosse tão diferente do resto do mundo.

Visitou e se apaixonou pelas obras de Niemeyer, desde o museu e a Igreja da Pampulha, o famoso prédio da Praça da Liberdade e por último a obra mais recente: o Centro Administrativo do governo de Minas Gerais. Passeou pela Praça do Papa, comeu algodão doce, tomou água- de- coco e andou de Move. Conheceu Santa Luzia, provou da cachaça artesanal e se derreteu com a cerveja brasileira. Apaixonado por carros, como todo alemão, fotografou Brasilias, Chevetes, Opalas e tantos outros carros, embora quisesse mesmo é ter fotografado um Puma. Não conseguiu. Comeu feijoada, rabada com agrião, feijão tropeiro e se deliciou com o purê de batata feito pela cunhada brasileira.

Artista do mundo, Markus Haub domina a arte de produzir telas usando técnicas de pintura, colagem e impressão. Além disso, ele é desenhista de carros, daí sua paixão. Mora uma parte do  ano em Mains, sua terra natal, uma pequena cidade da Alemanha e outra parte  mora em Barcelona, na Espanha. Ficou por aqui poucos dias, deixou saudades. A frieza alemã se rendeu ao calor humano e ao jeito de ser do brasileiro. Ficou de voltar.