RESPIRADORES E SAÚDE: VAI FALTAR CADEIA PARA GESTORES NA PÓS-PANDEMIA
Ao decretarem estado de calamidade pública na saúde gestores recebem uma espécie de cheque em branco
11 de junho de 2020A continuar os escândalos envolvendo compra de respiradores pulmonares destinados ao tratamento de pacientes infectados com o coronavírus (Covid-19), após passar essa tempestade, vai faltar cadeia para tantos gestores que até o momento vem fazendo mal uso do dinheiro público.
Essa semana a Polícia Federal fez operação no Pará onde há suspeita de fraude na compra de respiradores. O inquérito que corre em segredo de Justiça, apura que o governador Helder Barbalho gastou cerca de R$ 50,4 milhões na compra com dispensa de licitação de respiradores. Estranhamente, segundo apuração policial, a compra foi negociada diretamente com o governador.
No Rio de Janeiro, que tem um histórico de corrupção (quatro dos últimos cinco governadores já foram presos) também sofre com o problema no atual governo. Na semana passada a Polícia Federal também fez uma operação e incluiu o governador Wilson Witzel em um inquérito que investiga um suposto esquema de corrupção na construção de hospitais de campanha e também na compra de respiradores. O rombo pode chegar a R$ 600 milhões e também causa estranheza o fato que foram entregues carrinhos de anestesia no lugar de respiradores pulmonares.
Também estão sendo instaurados inquéritos nos estados de Rondônia e Amazonas além de algumas cidades Brasil afora.
Ao decretarem estado de calamidade pública na saúde os gestores recebem uma espécie de cheque em branco, podendo aplicar os recursos onde bem entender, sem dar satisfação e ainda contratar sem licitação.
Santa Luzia
Segundo o portal Observatório Luziense, Santa Luzia receberá mais de R$ 24 milhões em repasses até setembro, sendo que a primeira das quatro parcelas já está na conta da prefeitura desde a última terça-feira (9). Essa ajuda faz parte de um auxílio do Governo Federal aos Estados e municípios em função da pandemia. Ainda segundo o Observatório, o Executivo ainda não informou como pretende utilizar a verba extra, embora a Lei que a criou, prevê que seja usada “em ações de enfrentamento à Covid-19 e para recomposição do orçamento, tendo em vista os efeitos financeiros da pandemia”.
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